domingo, 29 de maio de 2011

Ídolos: Uma paixão avassaladora de multidões do mundo todo


Bianca coleciona imagens de Luan e não se cansa de admirá-las.
O desenho de Michael que Canver na porta do guarda-roupa
 

Fotos: Vanessa Irizaga
  

 

Pessoas de todas as idades possuem ou já tiveram personalidades de quem gostavam ou se diziam tietes. No entanto, como explicar a razão do amor por artistas ou celebridades?


Por Vanessa Irizaga

Todo cantor, ator, escritor ou demais nomes notórios têm fãs, pessoas que não se cansam em demonstrar o carinho, admiração e devoção aos ídolos.

A motivação que faz alguém gostar tanto de um artista pode estar ligada ao talento, identificação e até considerar a pessoa como modelo de comportamento.

Luan Santana: o “meteoro” da música sertaneja
Bianca da Cunha da Silva é fã há um ano do cantor Luan Santana e se tornou tiete quando viu, pela primeira vez, o rapaz no programa Domingão do Faustão. “O que me chamou a atenção foi a beleza, o jeito de cantar e o carisma, e acho que é isso que atrai as mulheres”, explica.

A menina tem 284 imagens de Santana no computador, e a área de trabalho do micro também tem uma foto dele. “Pretendo em ir a vários shows e, se possível, entrar no camarim. Quando vejo o Luan na tevê, começo a gritar ‘lindo’!”, conta.

Para a garota, o jovem é uma pessoa boa, que têm fé e é um “bom partido”. “Ele é romântico e eu gosto de rapaz assim”. E Bianca é ciumenta em relação ao ídolo.
“Espero que ele não esteja namorando nenhuma. Se estiver, paciência, mas enquanto não arruma, eu estou aqui”, brinca.

Michael: o eterno rei do pop
Felipe Canever Fernandes não vai mais poder conhecer o ídolo. O garoto é fã há quase cinco anos de Michael Jackson e começou a se interessar devido a um jogo que continha músicas do norte-americano.
“Ele era um grande artista e revolucionou todo um gênero, mas não só na música. E com Thriller, Michael mostrou um novo jeito de fazer clipes, que é contar uma história”, ressalta.

Canever conta que foi ouvindo as composições que começou a gostar de música. E considera o cantor um exemplo de pessoa, porque tinha a vontade de mudar o mundo, ajudar as pessoas e fundou até uma instituição para arrecadar fundos para crianças pobres.

Quanto a acusações de abusos, o rapaz acha que o cantor era até ingênuo, e não acredita que garotos tenham sido molestados. Segundo Felipe, Michael não via problema em dividir a cama com meninos ou meninas, mas apenas para estar perto de jovens e relembrar a infância.

O episódio da “sacada”, onde Jackson pega o filho e mostra para um multidão do alto do prédio, o garoto diz que foi uma forma de saciar a vontade dos fãs, mas admite que não faria isso.

O jovem diz que ouve as músicas do astro, tais como “Cry”, “Money” e “Dirty Diana”- uma das favoritas-, 24 horas por dia. No dia em que foi noticiado que o rei do pop tinha morrido, Canever não acreditou no primeiro momento, e hoje lamenta a morte.

“Foi uma perda muito grande para a cultura. E fã que é fã fica chateado, porque pensa que nunca mais vai vê-lo. Com o tempo, a imagem do cantor vai se dissipando, mas a música continua viva, assim como a influência sobre outros artistas, as raízes que criou”, destaca.

Adoração de um ídolo é saudável, mas não pode virar fanatismo
A psicóloga Patrícia Nunes Serafim afirma que gostar de uma pessoa como um artista, por exemplo, é natural e faz parte do processo da formação da personalidade.

“É saudável, mas a partir do momento que a pessoa vive voltado apenas para aquele tipo de coisa passa a ser uma doença e pode ultrapassar os limites, como as torcidas organizadas, por exemplo, que prejudicam outras pessoas e até matam”, alerta Patrícia.

Segundo a profissional, tem pessoas que copiam os trejeitos e modo de vestir dos ídolos, passando a querer viver outra vida. “Tem gente que assume a identidade do idolatrado para preencher uma lacuna na própria vida. O adolescente na busca por identificação absorve coisas que não são dele e toma como se fosse”, esclarece.

E a psicóloga lembra: “você pode gostar dos ídolos, mas sem fanatismo”, destaca.
Reportagem publicada no Portal Satc.

Mensagens em madeira é o ganha-pão de artesão



Fotos: Vanessa Irizaga

Artista natural do Oeste de Santa Catarina passeia por cidades em busca de encomendas.


Por Vanessa Irizaga


O calçadão de Araranguá atrai sempre vendedores de regiões do nordeste do país e de localidades do Estado. O artesão Valmor Schwarz vende placas de madeira com mensagens inscritas. O ambulante faz o trabalho sob encomenda.

“Quem geralmente compra é quem passa, gosta e acaba levando. Sai bastante para casal de namorados que faz a plaquinha para guardar de lembrança”, explica.

Schwartz é natural de São Miguel do Oeste, mas há dois anos não retorna ao município. O ambulante trabalha há oito anos com o ofício e aprendeu sozinho a confeccionar o artesanato feito em madeira de farel, material usado em móveis.

Cada plaquinha custa entre R$10 e R$30,00 dependendo do tamanho. O artista também faz placas para fazendas. No município, porém, não vendeu muito.

“Vendo mais em Florianópolis e Camboriú”, conta. Mesmo no inverno, ainda há ambulantes pela cidade tentando ganhar a vida. Reportagem publicada originalmente no Portal Satc.

Automutilação: como identificar possíveis sintomas da doença

Imagem meramente ilustrativa. Foto: Vanessa Irizaga.

 

A doença é mais comum no sexo feminino e tem causas ligadas à depressão e ao ambiente familiar. A pessoa que pratica a ação precisa de acompanhamento de um profissional.


Por Vanessa Irizaga


A automutilação é um mal que atinge mais mulheres adultas e meninas entre os 12 e 18 anos. A doença é uma forma de minimizar uma dor ou diminuir a ansiedade sentida por pessoas que machucam o próprio corpo em busca de, muitas vezes, atenção. A cantora Demi Lovato cancelou os shows de sua turnê e internou-se em uma clínica para tratar da doença. A moça praticava a automutilação desde a pré-adolescência, e desgastes emocionais só agravaram o problema.

Família e a origem do problema
Segundo a psicóloga Moramei E. de Moraes, as causas que levam alguém à auto-agressão são um ambiente familiar frágil. A indiferença da família em relação ao portador da doença é a pior maneira de encarar os fatos.

“A família prefere não enxergar a resolver a situação. Há casos em que a mãe toma remédio anti-depressivo, o pai se enterra no trabalho e o filho faz auto-mutilação para chamar a atenção de que tem algo que não está bem naquela família”, explica.

Atenção aos sinais
Os sintomas visíveis que o problema pode estar ocorrendo são: o uso de roupas em desconexão com o tempo, como por exemplo, andar de blusa de manga comprida em um dia quente; e o uso de munhequeiras para esconder cortes.

A psicóloga orienta que os pais devem olhar o quarto do filho e observar se no local há objetos como estiletes e giletes. As partes do corpo comumente agredidas são o pulso e a sola do pé.
“Algumas coisas eu percebo que são sintomas de auto-agressão. Tatuagem e piercing são coisas normais, mas vi uma menina que tinha furado as bochechas com brincos. Você já vê que não é algo para a estética”, comenta.

Apoio é essencial para sucesso do tratamento
De acordo com Moramei, a pessoa precisa fazer a terapia com um psicólogo uma vez por semana e as sessões duram de 50 minutos a uma hora. Se verificado que há questões orgânicas envolvidas, como falta de apetite, é recomendável a visita ao psiquiatra.

“É importante a participação da família para o término do tratamento. Os familiares devem voltar o olhar para a pessoa: dar afeto e promover o diálogo. Há meninas que têm mais espaço para falar com a vizinha do que com a mãe!”, ressalta. Reportagem originalmente publicada no Portal Satc.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Comunidade terá rodovia pavimentada depois de longa espera



Fotos: Vanessa Irizaga

 

Trecho de estrada em Araranguá receberá calçamento ainda este ano. Se a prefeitura não cumprir com o prometido, a Associação de Moradores do bairro fará ações como fechamento da rua.


Por Vanessa Irizaga

A espera de mais de dez anos pela pavimentação da rodovia municipal Carlos Cardoso pode chegar ao fim, minimizando problemas tanto sociais quanto econômicos da comunidade do bairro Lagoão, em Araranguá.

A estrada mede quase sete quilômetros e dá acesso a bairros com Mato Alto e Divinéia. A via receberá pavimentação em um quilômetro da extensão. Os moradores vão decidir qual será a parte calçada em uma futura reunião na Associação de Moradores do Lagoão (AMA).

Segundo o membro da Associação e diretor do Departamento de Cultura de Araranguá, Jair Anastácio, a melhoria na via foi garantida pelo vice-prefeito da cidade, Sandro Maciel, e a medida irá valorizar o bairro todo.

“O principal benefício é a qualidade de vida para os habitantes. Em relação à economia, as duas extremidades da estrada dão acesso ao bairro e várias empresas dependem da estrada para transportar os produtos. A pavimentação também é uma questão de saúde, porque há moradores que acabam desenvolvendo doenças”, destaca.

Barro e muita poeira
A dona de casa Juliana Orácio conta que com a chuva forte não é possível sair de casa de tanto barro que se acumulara na estrada.

“Hoje o chão está firme, mas no ano passado, você pisava e afundava o pé. Na noite em que choveu muito, uns 15 carros atolaram e meu marido teve que ajudar”, lembra. Juliana reclama da poeira que acaba indo direto para a casa onde mora.

Moradores vão esperar até a metade do ano, depois vão tomar providências
Jair ressalta que até o meio deste ano a associação vai esperar o início dos trabalhos. Se nada ocorrer, os moradores vão agir.

“Estamos no aguardo para ver se, de fato, a prefeitura vai cumprir com a promessa. Se a obra não for feita, tomaremos providências, como fechamento da rua e levar a população para o meio da estrada para chamar a atenção dos órgãos competentes”, frisa.
Reportagem publicada no Portal Satc. 

Entretenimento e saber ao alcance da comunidade


Fotos: Vanessa Irizaga

 Biblioteca Municipal de Araranguá cria alternativa para possibilitar leitura à população e, ao mesmo tempo, não superlotar as prateleiras com livros já existentes no acervo.


Por Vanessa Irizaga

As pessoas que já têm o hábito de ler ou desejam iniciar este hobby podem passar na Biblioteca Municipal Luiz Delfino e pegar para si exemplares disponíveis na seção “Pegue e Leve”.

Há livros didáticos, de ficção, auto-ajuda e revistas. Não está estipulada uma quantia de obras que cada pessoa pode levar. Muitos pais trazem para casa publicações para ajudar os filhos com o dever.
Segundo a bibliotecária Fabiana Daniel, cerca de dez pessoas por dia pegam livros.

“Muita gente faz doação e nós não temos espaço, então ficamos somente com o que é realmente importante. A intenção é fazer o livro circular e não ficar retido em uma casa, em uma biblioteca, porque como já temos exemplares iguais, ninguém pegaria empréstimo de obras repetidas”, explica.

A biblioteca também faz troca-troca de livros nos Sábados Mais e coloca uma banca no evento.
Reportagem publicada no Portal Satc.