terça-feira, 22 de março de 2011

Cobertura das paradas de ônibus sem previsão para serem realizadas


Foto: Muitas paradas não têm abrigos muito menos sinalização

População sente-se prejudicada com a falta da proteção principalmente em épocas como a atual em que a chuva e o calor excessivo tornam-se freqüentes.


Por Vanessa Irizaga

A falta de abrigos em paradas de ônibus traz dificuldade às pessoas que utilizam o transporte público em Araranguá. Os passageiros ficam expostos à chuva e sol enquanto esperam a condução.

A colocação de 30 coberturas em 11 bairros depende de licitação, que ainda não têm prazo para ser aberta. De acordo com o setor de engenharia da prefeitura, a estimativa é que a estrutura metálica com chapa de policarbonato custe aproximadamente R$5 mil.

“A obra deve ser custeada pelo Estado e município e vão ser feitos 30 abrigos para as paradas”, afirma o diretor do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran), Geraldo Mendes.

População à espera de melhorias
As coberturas seriam instaladas nos bairros Centro, Cidade Alta, Divinéia, Taquarussu, Coloninha, Urussanguinha, Jardim das Avenidas, Jardim Cibele, Operária, Morro dos Conventos e Lagoão.

Enquanto a obra não é posta em prática, o mecânico de bicicleta Orli Ferreira conta que as pessoas ficam expostas ao tempo. “Não tem placa de sinalização, não tem abrigo. Ficam, às vezes, cinco, seis pessoas idosas esperando ônibus na chuva e no sol”, conta.

A dona de casa Aparecida Justino é moradora do bairro Lagoão há dez anos e, além da queixa sobre a falta de abrigos, há a ausência de ações para a localidade.

“O Lagoão é desprezado; falta tudo: não tem uma farmácia, e ônibus no sábado e domingo não tem! Gosto dessa cidadezinha; ainda dá para viver em Araranguá, porque não há bandidagem”, desabafa.

De acordo com dados do site da empresa Viação Cidade, há três horários de no sábado, às 8h30min, às 10h30min e a partir das 12 h30min, mas no domingo não há ônibus.

O estudante Natã Gomes Ramos explica as dificuldades de um passageiro de ônibus. “Só tem uma parada de ônibus com cobertura no bairro. Nos dias de chuva você tem que levar guarda-chuva ou ficar embaixo de um mercadinho porque não tem a proteção”, ressalta. Matéria publicada no Portal Satc.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Vendedores da Paraíba tentam ganhar a vida no verão de Araranguá


Fotos: Vanessa Irizaga

 

Profissionais de regiões do Brasil rumam para o município em busca de sobrevivência.. Muitos viajam para o sul do país para evitar a alta concorrência nos estados onde moram.


Por Vanessa Irizaga

A temporada de verão atrai muitas pessoas para as praias da região sul, e vendedores ambulantes partem para os locais com o objetivo de ganhar dinheiro com a venda de mercadorias artesanais ou acessórios.

O vendedor paraibano Carlos Alexander Martiniano da Silva está trabalhando na área há dez anos e resolveu viajar para Araranguá devido à concorrência com as fábricas do estado onde morava. No entanto, ele reclama das vendas deste ano.

“Na cidade onde morava o pessoal compra mais por atacado, então temos que vender para fora. O movimento está parado por causa da chuva. O povo também anda sem dinheiro. Há dias em que eu não vendo nada”, conta.

O rapaz comercializa tapetes, mantas, toalha de mesa e rede de R$10 a R$25, 00, cada peça.

“Hoje me sinto mais araranguaense do que paraibano”
Um outro ambulante da Paraíba, Luziver Bezerra de Araújo,  sai por 90 dias e depois volta para casa para matar a saudade da família. Há dez anos, o nordestino viaja para realizar vendas e só tem elogios ao povo de Araranguá.

“É um lugar onde me adaptei bem e hoje me sinto mais araranguase do que paraibano. E os moradores são hospitaleiros. É um local onde surgem empregos devido à agricultura; não dá para reclamar”, ressalta.
Araújo vende chapéus fabricados na Bahia e óculos de sol, carteiras e outras mercadorias. Dependendo da época, consegue ganhar entre R$10 e R$50 por dia.

Dificuldade de concessão do alvará
No entanto, os ambulantes do centro de Araranguá dificilmente ganham alvará para comercializar produtos, porque se fixam em um lugar e concorrem com as lojas na disputa por clientes. A ausência de pagamento de imposto é um dos motivos de negação da licença.

Segundo o fiscal de tributo Paulo Pacheco, as pessoas que conseguem a autorização geralmente pretendem fazer comercialização ou abrir um estabelecimento nas localidades de Morro dos Conventos e Barra Velha.

“Conforme a viabilidade da proposta e da data do pedido é concedida o alvará até o carnaval. Em média de dez pessoas recebem a autorização e só de Araranguá. Os ambulantes dificilmente conseguem”, explica.
 Matéria publicada no Portal Satc.

Número de vagas ofertadas em concursos públicos tende a aumentar

Foto: WEB

Substituição de profissionais que já estão se aposentando cria necessidade de abertura de editais para suprir vagas em instituições e órgãos.

Por Vanessa Irizaga


A quantidade de vagas oferecidas em editais para concursos públicos deve aumentar e não reduzir, ao contrário do que muitas pessoas pensam devido às notícias de reavaliação de concursos como para o Senado.

Segundo o coordenador do Gabarito Curso Preparatório de Criciúma, Eliel Balonecker, haverá um número maior de vagas e não o cancelamento.

“Não haverá o cancelamento, mas as pessoas que estavam com expectativa em relação à prova acabam ficando apavoradas com as informações que acabam recebendo. O pessoal deve continuar estudando”, frisa.

Eliel acrescenta ao fato realizações de grande porte como a Copa e as Olimpíadas, que reforçam a perspectiva. “Haverá uma necessidade natural de profissionais”.

Vagas da região preenchidas por trabalhadores de outros estados
O coordenador destaca que as pessoas devem estar preparadas. “Mais de 80% das vagas em concursos para a região de Criciúma são preenchidas por pessoas de outros estados devido à falta de conhecimento e informação obtida com a mídia”, ressalta.

No Gabarito Concursos, há cursos destinados às provas dos Correios, Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS), Português e Matemática, Exercícios e Área Militar.

Neste setor muitas pessoas que estudaram no local conseguiram passar em concursos, inclusive para O 28º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC).

Confira os concursos que devem sair este ano ou editais que abrirão ao longo de 2011. (Informações do site http://www.gabaritocursos.com.br/). Matéria na íntegra publicada no Portal Satc.

domingo, 20 de março de 2011

Vicentinos: o ideal da caridade praticado diariamente

Cartas ao Papai Noel são adotadas, muitas vezes, pelos Vicentinos
 
Fotos: Vanessa Irizaga


 

Congregação em Araranguá realiza ações que beneficiam famílias de baixo poder aquisitivo, levando mantimentos e oportunidades para população.


Por Vanessa Irizaga


A Ordem dos Vicentinos no município é formada por cerca de dez pessoas que realizam ações como doação de roupas e alimentos, sopão e distribuição de brinquedos em prol da comunidade carente.

Segundo o membro da irmandade Vaner Luiz Batista, conhecido como seu Vaninho, o objetivo da ordem, presente na cidade desde 1980, é fazer caridade 24 horas por dia.

“O trabalho não visa a religião e não importa qual a fé que a pessoa segue. Ninguém ganha em cima da caridade e não visa interesses próprios: o dinheiro recebido para doações vai direto para os pobres”, ressalta.

Trabalho realizado por meio de doações
Seu Vaninho conta que não tem vergonha de pedir no comércio mantimentos para doar a pessoas. Na Pároquia da Sagrada Família, um grupo de senhoras prepara quatro caldeirões de sopa, mas precisam de alimentos como galinha e verduras.

A Ordem já arrecadou dinheiro e comprou mais de 200 edredons para a população carente. Na Igreja Apostolado da Oração, os fieis doam um quilo de alimento não-perecível na 1º sexta-feira de cada mês.

Quando sobram mantimentos, os objetos são levados a locais como o albergue. E na falta de doações ou verba, Vaner compra com o próprio dinheiro alimentos ou vestuário. “Meu objetivo é não deixar a caridade morrer”, explica.

Para receber a cesta básica, a pessoa precisa comprovar que possui baixa renda e recebe uma visita ao domicílio. Quando aparece uma oportunidade de emprego para aquele cidadão, Batista avisa. Cerca de cinco famílias fixas são ajudadas por mês. Matéria publicada no Portal Satc.

Mãos que dão o brilho ao carnaval

 
Fotos: Vanessa Irizaga


Costureira faz as vestimentas da Escola Navegantes há dois anos e traz o amor e dedicação do Carnaval do Rio Grande do Sul.

Por Vanessa Irizaga

O desfile de uma escola de samba só é possível pelo trabalho de equipe e uma preparação antecipada. Cada função é importante para que a chegada na avenida seja bonita e encha os olhos do público.

A costureira carnavalesca Teresinha Ribeiro da Silva, sabe bem como é trabalhar para a folia. Há dois anos, Preta, como também é conhecida na comunidade, costura as fantasias de Carnaval para a Navegantes e tem adoração pela festa.

“Comecei a trabalhar no meio do ano passado e eu fico costurando até o último minuto para o pessoal sair na avenida. Agora, eu mesma não tenho coragem de sair, não!”, conta.

O amor pelo carnaval começou no Rio Grande do Sul, quando Teresinha participava da Escola Unidos do Capão. “Eu acho que é um orgulho, porque a gente vê alguém desfilando com a roupa que nós fizemos. Costuro para homem e mulher. Para a escola, eu trabalho com o coração”, destaca.

A senhora, além de costurar, também é cozinheira. Matéria publicada no Portal Satc.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Emoção e orgulho em participar da folia

Foliã pula o carnaval há três anos com bloco reunindo amigos no Arroio do Silva. A sensação de estar pisando na avenida motivou a entrada para escola de samba.

FOTOS: Vanessa Irizaga

Gilsane


Por Vanessa Irizaga



A professora universitária Gilsane Beretta, não aguentou ficar só na platéia da Avenida Getúlio Vargas, local dos desfiles. A docente, natural de Nova Veneza, transferiu-se para o município para morar mais perto do trabalho e sempre gostou de assistir ao desfile.

“A gente participava só observando o carnaval e a alegria começou a motivar e deu vontade de participar. Fomos – ela e o marido – convidados a fazer parte da ala. A empolgação de desfilar não tem comparação, não consigo descrever a emoção: é como se pegasse a alegria do povo, sentisse”, revela.

O bloco assim como o enredo aborda a Arrancada de Caminhões. O grupo reúne amigos e alguns professores e alunos do curso de psicologia de uma faculdade do sul de Santa Catarina. O nome do bloco é Esucrinando.

Luta e correria para colocar escola na Avenida

A Escola Navegantes quase não desfilou esse ano por falta de recursos. A comunidade incentivou e ajudou para que o carnaval dos integrantes fosse possível no Balneário Arroio do Silva.


Fotos: Vanessa Irizaga



Por Vanessa Irizaga


Correria até o último instante. A Escola de samba Navegantes levou alegria à multidão que assiste o desfile dos 400 integrantes todos os anos.

A preparação para o grande dia começa dois meses antes e a comunidade da Zona Nova Sul, no Arroio do Silva, entra no clima de carnaval. Segundo a matriarca da família Passos, e uma das coordenadoras da Navegantes, Santina Silveira Passos, a manhã dos integrantes inicia no horário normal, mas as horas que antecedem o desfile são de correria para deixar tudo em ordem.

“É um dia normal, e aqui em casa, às 7h20min já estão todos acordados. É muito trabalho, mas no final dá tudo certo. Eu fico na coordenação, não desfilo, mas gosto de ver a escola passar’, conta.

A tradicional escola surgiu do desejo da existência uma escola de samba no município e foi fundada por Inácia Maria, Maria Célia dos Santos, Maria Onésia, Raul, José Antônio, Pedro Ivo e Santina Passos.

Recursos para desfilar
No entanto, a Escola que nasceu com o Carnarroio há 15 anos, enfrenta o problema para conseguir reunir recursos para a realização do carnaval. O presidente, Pedro Ivo Passos, tenta angariar fundos com a realização de bingos e parcerias para levantar o dinheiro necessário para custear o desfile.

A prefeitura ajuda com parte da verba e os comerciantes também, mas não quita o valor. “Para realizarmos um carnaval decente – custear as roupas, blocos - precisamos de R$17 mil”, expõe.

Segundo a matriarca da família Passos e uma das coordenadoras da Navegantes, Santina Silveira Passos, a população ficou decepcionada com a notícia da possibilidade da escola não participar do o desfile.
“Não é fácil custear, é muito caro! Não tem como deixar a Escola não passar na Avenida. É muito emocionante ver o pessoal desfilando!”, ressalta.

Construção da sede é um dos planos a serem alcançados
A Navegantes não possui sede nem galpão para ensaios ou armazenamento de fantasias. Um dos desejos dos membros é a construção de um local apropriado.

“A gente está tentando fazer uma sede para reuniões e bingos durante o inverno e para que as coisas não saiam tão atropeladas. Esperamos que deputados, vereadores e a prefeitura possam ajudar. A esperança é a última que morre; pode ser que a gente chegue lá”, explica dona Santina.

A Escola de Samba Navegantes desfilou no domingo (6), no Arroio do Silva.