quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A luta diária de um pai pelo bem dos filhos

Pedro é figura conhecida no Centro de Araranguá


Por Vanessa Irizaga

Todo dia deveria ser comemorado o dia dos pais para homenagear estas pessoas tão essenciais à vida dos filhos. São inúmeros os exemplos de pessoas que batalham diariamente buscando um futuro melhor para os descentes. A história do vendedor Pedro Santos Lima é marcada por muito trabalho e superação.

Natural de Araranguá, Pedro trabalha há 16 anos na Praça Hercílio Luz, no centro da cidade, vendendo pipoca, doces, sorvete  e vale- transporte para sustentar à família. De segunda a sábado, o trabalhador chega às 8h:30 min com o carrinho e posta-se ao lado da parada de ônibus da praça. 

As pessoas acostumaram-se com a presença de Pedro, uma espécie de guia para os moradores e visitantes da cidade, já que sabe o horário e rota de cada ônibus municipal.

Pedro só deixa o local às 5h: 30 min, e vem mesmo nos dias de chuva e frio. “Trabalho igual, embaixo da cobertura metálica do carrinho, meio encolhido, mas trabalho igual”, afirma. Dependendo do dia, o comerciante consegue ganhar até R$ 50.

Muito trabalho e uma grande família para cuidar
Lima já foi servente, empregado de uma indústria de fumo, mas sempre no ramo do comércio. Tendo sempre que trabalhar,e assim como milhões de brasileiros, deixou os estudos para segundo plano, parando de frequentar a escola na 5°série, mas voltando a estudar mais tarde. 

“Na minha época não dava para estudar, tinha que trabalhar”, explica.

O trabalhador, casado pela segunda vez, tem seis filhos; dois adultos de 25 e 22, três adolescentes de 14 e 11 e o caçula de seis anos. Apenas quatro filhos moram com o casal, e os mais velhos vendem DVDs, e costuram para ajudar a completar a renda da família.

Uma de suas filhas adolescentes é deficiente mental desde criança e fez tratamento em Florianópolis,  e hoje integra a Apae do município. Mesmo quando descobriu a limitação da menina não se intimidou, apenas tinha consciência de que a alternativa era enfrentar a situação.

A jovem não freqüenta à escola, mas o vendedor diz que a família estimula a interação da garota com os outros irmãos.  “A gente – Pedro e a esposa- entra em contato com ela, ela escuta”, conta. 


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