Casos de crianças que tiveram parte do corpo queimado são um alerta para que pais se mantenham sempre vigilantes e evitem que as crianças tenham contato com produtos inflamáveis.
Por Vanessa Irizaga
As crianças a partir de um ano começam a andar e percorrer todos os espaços da casa, saindo facilmente do controle dos pais. Muitas vezes é nessa circunstancia que acidentes acontecem e, dependendo da situação, marcam física e psicologicamente a vida de todos.
Em Criciúma há casos recentes. Uma menina de 10 anos estava brincando com as amigas no sábado, dia 23, em casa. A mãe estava na residência, mas distraiu-se por instantes e ocorreu o incidente. A garota teve 30% do corpo queimado e foi levada para o Hospital Joana Gusmão, em Florianópolis.
A menina passou por uma cirurgia ontem, e a prima Priscila Leonor resolveu arrecadar dinheiro com amigos e conhecidos para repassar a família. Priscila vai visitar os pais na próxima sexta-feira. “Não sei ao certo o que ocorreu, mas estamos ajudando a família”, disse.
Um menino de um ano foi levado para o Hospital Infantil Santa Catarina com queimaduras graves. O motivo é que o pequeno estava brincando com solvente inflamável e o produto explodiu em sua mão.
Acidentes caseiros
Na maioria dos casos as vítimas aparecem com queimaduras provocadas pelo contato com água quente de utensílios domésticos, como panelas, ou acesso a objetos inflamáveis.
“Nós prestamos os primeiros-socorros e nos casos graves encaminhados para Florianópolis. As crianças estão conhecendo o mundo: ela acaba fazendo algo e você não consegue evitar. Às vezes não há como prever acidentes”, explica a gerente de enfermagem do Hospital Santa Catarina Patrícia Ribas.
No entanto, a profissional ressalta que os pais precisam ter cuidados, como não permitir que a garotada manuseie álcool ou produtos perigosos. E, de acordo com Patrícia, a cozinha é um dos lugares que apresenta mais elementos prejudiciais aos pequenos.
“O tratamento é doloroso. Muitas vezes, dependendo da queimadura, a pele perde a camada protetora e é mais propícia a infecção”, destaca a gerente de enfermagem.
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